Lançado no Japão em janeiro de 2025, Make a Girl se destaca não apenas pelo seu apelo visual, mas também pelo contexto peculiar de sua produção. O animador independente Gensho Yasuda, responsável pelo roteiro, direção e produção, expande sua abordagem criativa em relação ao curta-metragem anterior, mostrando maturidade técnica e narrativa.
No Brasil, o filme é distribuído pela Sato Company e tem estreia confirmada nos cinemas para o dia 13 de novembro, ampliando o alcance da produção para o público nacional de animação e ficção científica.
Atualização 14/11/25: Estreia de MAKE A GIRL é adiada para dezembro nos cinemas brasileiros

A trama acompanha um jovem cientista em busca de inspiração para avançar sua pesquisa, propondo reflexões sobre o impacto da tecnologia nas relações humanas. Sem entregar detalhes cruciais, a narrativa aborda temas como emoções programadas, sentimentos autênticos e os limites éticos das inteligências artificiais, convidando o espectador a questionar onde termina o humano e começa o artificial.
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A obra explora diferentes formas de amor—romântico, familiar e social—de modo transversal, sugerindo que as motivações dos personagens dialogam com a busca por afeto e superação de desafios pessoais, conectando o passado ao presente de forma sensível, mas sem revelar pontos-chave do roteiro.

Os acertos e falhas na construção de Make a Girl
Contudo, o longa-metragem revela certas dificuldades ao equilibrar suas ambições. A alternância entre tons—ora contemplativo, ora dinâmico—pode soar confusa para alguns espectadores, deixando aspectos da evolução dos personagens e consequências de suas escolhas em aberto, contribuindo para que parte da trama permaneça à interpretação.

No aspecto técnico, Make a Girl impressiona pela animação refinada. O uso virtuoso da tecnologia 3DCG valoriza personagens e cenários, com transições eficientes entre estilos visuais, iluminação apurada e traços detalhados, evidenciando o avanço técnico e a sensibilidade estética aplicados pelo estúdio.
A trilha sonora é outro destaque, trazendo composições originais e efeitos bem trabalhados que enriquecem as emoções transmitidas. Os elementos musicais criam uma atmosfera que potencializa a imersão sensorial da obra.

Em síntese, o filme Make a Girl agrada quem valoriza produções visualmente sofisticadas e aprecia reflexões sobre tecnologia e sentimentos. Embora possa desagradar quem prefere uma narrativa mais explícita ou linear, é uma experiência que estimula reflexões sobre o papel das emoções e da inteligência artificial no mundo contemporâneo. Se o objetivo é se encantar com animação de alta qualidade e ampliar o olhar sobre o tema, este filme merece sua atenção.
Texto por: Adriano Lúcio





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