A Netflix lançou a terceira temporada de Alice in Borderland, marcando a primeira vez que uma série original japonesa do serviço alcança essa continuidade. A série se consolidou como um dos maiores sucessos globais da plataforma, em meio à onda de produções que exploram jogos mortais, como o fenômeno Round 6.
Durante uma coletiva de imprensa acompanhada pela ComicBook, o roteirista e diretor Shinsuke Sato comentou como Alice in Borderland mantém sua identidade e se diferencia de outras obras semelhantes.
Trauma e narrativa dentro da jogabilidade
Segundo Sato, o diferencial está na fusão entre a narrativa e os jogos:
“O que talvez diferencie Alice in Borderland de outras obras é que, em primeiro lugar, são jogos meticulosamente construídos que os jogadores precisam enfrentar. Mas eles se transformam em um processo de resolver traumas ou lidar com a bagagem emocional de cada personagem. A narrativa e a jogabilidade se combinam em uma só.”
Variedade de jogos e imersão do público
O diretor destacou ainda a diversidade de desafios da série:
- Jogos brutais e violentos;
- Jogos mentais e intelectuais;
- Jogos futuristas;
- Jogos inspirados em brincadeiras infantis clássicas;
- Jogos inesperados que mudam de rumo de forma surpreendente.
Para Sato, essa mistura garante não apenas a imprevisibilidade da trama, mas também a participação ativa do espectador:
“Nos jogos intelectuais, o público também pensa por si mesmo e tenta participar. Especialmente na 3ª temporada, você mergulha na jogabilidade junto com a história, o que é muito diferente dos outros títulos do gênero.”
Além da sobrevivência
A nova temporada leva os personagens a refletirem não apenas em como sobreviver, mas em como querem viver após os jogos. Além disso, essa camada emocional dá à série um peso dramático maior, que vai além da violência ou da competição.
Combinando ação, suspense e reflexão psicológica, Alice in Borderland está disponível na Netflix
Sobre Alice in Borderland

A série é baseado no mangá Alice in Borderland, que foi lançado em 2010 na Weekly Shonen Sunday S e encerrou em março de 2016, com 18 volumes. A franquia ganhou um novo mangá, Alice in Borderland Retry (Imawa no Kuni no Alice Retry), lançado em 14 de outubro de 2020.
Os volumes 12, 13 e 14 chegaram com um OAD produzido pelos estúdios Silver Link (Penguindrum, Fate/kaleid liner Prisma Illya, WATAMOTE) e Connect (Toaru Kagaku no Railgun S, Sword Art Online).
O mangá também possui um spinoff intitulado Alice in Borderland: Chi no Kyokuchi – Daiya no King-hen, lançado de outubro de 2014 a fevereiro de 2015. Além disso, em agosto de 2015, a Monthly Sunday GX lançou outro spin-off da série, Imawa no Michi no Alice, com arte de Takayoshi Kuroda. O mangá finalizou em fevereiro de 2018 com um total de 8 volumes.
Sinopse de Alice in Borderland
A história acompanha Ryōhei Arisu (pronunciado como “Alice” em japonês), um estudante do ensino médio que está irritado com a sua intolerável vida cotidiana. Uma noite, ele se junta aos seus amigos Karube e Chota para passear pela cidade. No entanto algo de muito estranho acontece na cidade e quando ele volta a si, Ryōhei percebe que estão sozinhos. Num mundo diferente, Ryōhei, Karube e Chota são forçados a participar de jogos de sobrevivência. Os três lutam para viver, assim como para encontrar um caminho de volta ao seu próprio mundo.
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