Na última segunda-feira (23), a Academia Brasileira de Letras anunciou a inclusão da palavra dorama no dicionário brasileiro devido ao seu uso frequente, tanto nas redes sociais quanto fora delas.
Segundo a definição estabelecida pela instituição, dorama é uma “obra audiovisual de ficção em formato de série, produzida no leste ou sudeste da Ásia, abrangendo gêneros e temas diversos, geralmente com elenco local e no idioma do país de origem”.
A polêmica por trás disso
A notícia gerou entusiasmo entre os fãs de dramas asiáticos, que consideram essa decisão um reconhecimento importante para os apreciadores dessas séries.
No entanto, surgiram muitas polêmicas sobre essa decisão, pois a palavra dorama tem origem japonesa e não coreana como muitos pensam. Com isso, não poderia ser uma palavra usada para abranger todos os dramas asiáticos, de acordo com os internautas.
Essa polêmica se deu ao fato da bagagem histórica que isso tem por trás, pois o Japão e a Coreia têm um passado muito delicado. No caso, o Japão invadiu a Coreia e a dominou por 35 anos (1910-1945), com objetivo de apagar a cultura coreana. Os coreanos foram proibidos de falar sua língua nativa, ganharam nomes japoneses e foram escravizados.
Outros internautas destacaram que o Centro Cultural Coreano já havia apontado o uso incorreto do termo dorama por parte dos fãs e pediram um posicionamento da embaixada coreana a respeito da oficialização desse termo.
Alguns internautas chegaram a comparar essa categorização como “incluir Pelé na equipe de Maradona”.
Para diferenciar os dramas corretamente, basta acrescentar a sigla de cada país na frente da palavras drama. Por exemplo: Coreia (Koreia) = K-Drama, Japão = J-Drama, China – C-Drama e por aí vai…
Apesar dessa grande polêmica válida, a palavra dorama ainda se destaca quando refere-se aos dramas asiáticos. A Academia Brasileira de Letras manteve a decisão, mas quem sabe, futuramente não possa acrescentar variáveis a essa palavra.
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